Diários de um Hétero - Fudeu! E agora? (2)

BR

O anunciante não colocou nenhuma foto
8 anos atrás 3259 hits ID #1163

Descrição

Eu não sou de sair muito. Me falta paciência pra lugares lotados, gente se espremendo, aquele calor que não se consegue respirar direito. Prefiro mil vez ficar em casa com os meus amigos, bebendo algo e inventado coisas na cozinha do que me estressar nesses lugares. Porém as vezes a gente tem sair da toca e fazer uma social, né? Foi num dia desses, num fim de semana qualquer, que resolvi ir num aniversário de uma amiga num barzinho. O lugar era quase uma balada, mas tinha uma boa área externa com música ao vivo que era mais suportável que aquele bate estaca irritante. A menina era especial para mim e insistiu bastante pra eu ir e como meus amigos também iam, não pude negar. Antes de ir, eu mandei uma mensagem pro Allan avisando que eu tinha resolvido ir. Já estava preparado para alguma cena de ciúmes e todas aquelas recomendações clichês: “Juizo”, “Se comporta, hein”, “Não vá fazer nada que se arrependa”. Apesar de não ter um compromisso oficial, a gente estava juntos e era até normal esse tipo de cobrança. Só que ele não fez nenhuma objeção como eu esperava, na mensagem simplesmente falou: – Eu também quero ir. Vou chamar a Micaela pra ir comigo. Olhei pro celular com estranheza. Respondi: – Ta doido? Ir como? Você nem foi convidado. – Eu sei, ué. Mas o bar é público. Faz um tempão que eu não saio e ali você pode ficar de olho, como você gosta. – Ah sei lá Allan. – Deixa vai. Não quero ir e ficar climão depois. Você precisa se divertir e eu também. Só vamos estar no mesmo lugar. – Ta, tudo bem. Sai do banho e fui procurar uma roupa. Na real eu não ligo nem um pouco pra essas coisas e sempre opto por um jeans surrado e alguma blusa qualquer, mas nesse dia estava meio frio e não estava afim de levar casaco. Então pus uma blusa de manga comprida q com decote em v e um capuz. Cheguei no local e cumprimentei as pessoas. Ficamos uma mesa grande na área externa e o povo estava animado. Graças ao bom Deus o local não estava cheio, o que era um alivio. Algum tempo depois avistei ele com a sua amiga. Confesso que ele estava muito gatinho. Uma calça jeans, uma blusa branca e uma camisa xadrez por cima. O cabelo jogado de lado, o all star branco. Ele me olhou de longe e sorriu, logo desviando o olhar e seguindo para outro extremo do bar, na parte de dentro. Dei atenção pros meus amigos, conversei, ri e resolvi entrar para pegar uma cerveja. Cheguei no bar, fiz o pedido e enquanto esperava, é claro que o procurei com os olhos. Achei eles num canto, conversando. Ela dançava e ele ensaiava um balanço tímido, mas sexy. Sorri sozinho vendo aquela cena. Nem vi que o cara já tinha colocado a cerveja no balcão. Uma menina se aproximou, cumprimentou a amiga dele e depois a ele. Parecia surpresa de vê-los ali, como se tivesse encontrado por acaso. O papo começou a ficar animado, entre risadas e olhares. Estava na cara que a menina estava afim dele e eu nessa altura do campeonato já tinha esquecido da cerveja e de todo o resto. Ele passava a mão no cabelo evidenciando que estava um pouco sem graça, mas também não parecia fazer nada para afastá-la. Fiquei parado encostado no balcão só observando, já que ele não tinha me visto ali. Não estava com ciúmes, mas sim curioso. Eu sabia que o Allan não curtia mulher, diferente de mim. Estava querendo ver até onde ele iria levar aquilo. A conversa evoluiu para cochichos ao pé do ouvido. Ele sorria e também falava no ouvido dela. Senti alguém cutucando as minhas costas. – Ô amigo, sua cerveja já deve ta quente. O Barman me avisou. – Ah… Valeu. De fato já estava quente mesmo, mas já tinha pago e iria beber mesmo assim. Pobre é foda, vamos combinar. Meus amigos já deviam estar sentindo falta de mim, então resolvi voltar. Já estava mais do que ridículo eu ali do lado daquele balcão vigiando o garoto. Voltei para a mesa e continuei a conversa. Lá pelas tantas e depois de tanta cerveja, minha bexiga já estava estourando. Fui ao banheiro e ao passar por eles, nem olhei. Não me interessava se ele ainda estava de papo com ela ou sei lá o que. Entrei na cabine e fechei a porta. Eu odeio mictório. Me sinto mal dos “manjas rola” de plantão. Quando terminei, abri a porta para sair, mas fui empurrado com toda a força para dentro novamente. Ele trancou a porta rapidamente e me agarrou, apesar dos meus protestos. Me beijou com fome, tateando meu corpo, apertando meu pau com vontade. Tentei afasta-lo, mas quando me dei conta já estava prensando-o na parede e retribuindo o beijo avidamente, apertando sua bunda. O único som no banheiro era o das nossas bocas se engolindo famintas. Ele abriu minha calça e meteu a mão por dentro, punhetando meu pau forte, fazendo eu gemer baixo e abafado. Minha mão também invadiu a sua calça, procurando seu cuzinho para esfrega-lo, sentindo suas preguinhas piscarem nele. O tesão era tão forte que meu membro começou a babar, melando a sua mão. Ouvimos a porta se abrir e vozes dentro do banheiro. “Fudeu!” Me afastei dele, com os olhos arregalados. – Merda! Eu fiz com a boca praticamente sem som nenhum. Ele levantou a palma da mão indicando para eu ficar calmo e pôs o dedo indicador nos lábios pedindo silêncio. Ele subiu na privada com cuidado, para que se olhassem só vissem dois pés e não quatro. Ficamos imóveis e calados, e se não fosse o falatório do lado de fora da cabine, tinha certeza que poderia ouvir meu coração que estava disparado. Depois de um tempo, obviamente eles bateram na porta e eu fiquei ainda mais nervoso. – Como que a gente vai sair daqui??!! Eu fiz com a boca, mas sem som. Ele mais uma vez pediu calma, fazendo um gesto com a mão. Então ele resolveu falar. – Pow mano, to passando mal. Usa o outro que ainda não dá pra eu sair daqui. Os caras deram uma zoada falando algo do tipo: “se não sabe beber, então não deveria”, mas usaram o outro reservado. Ficamos em silêncio aguardando até eles saírem. Assim que ouvi a porta se fechar, sai da cabine quase correndo. – Você ta louco??!!! Olha só o que você fez, podia ter metido a gente numa roubada sem tamanho! Eu disse com raiva, fechando a calça. – Calma, Biel. – Calma é o caralho! Nunca mais faz isso! Eu disse saindo do banheiro. Eu estava tão nervoso que antes de voltar a mesa, passei no bar e tomei mais uma cerveja. Vi ele se juntar novamente com a sua amiga e tal garota. Voltei pra mesa ainda meio alterado com aquele quase flagra, mas depois de um tempo confesso que me peguei rindo da situação. Afinal meus caros leitores, o proibido é sempre mais gostoso. Lá pelas tantas, já estava cansado e resolvi ir embora. Na fila do caixa, ele veio falar comigo. – Me da uma carona? – E a sua amiga? Perguntei. – Ela vai com aquela garota. – Bom, tudo bem. Os garotos não vão voltar comigo mesmo porque to saindo mais cedo. Paguei a conta e fomos pro estacionamento. No caminho , quando já estava fazendo o trajeto para ir pra casa dele, ele falou: – Não vou pra casa. Olhei pra ele com estranheza. – Como assim? Não me pediu uma carona? – Sim, mas para ir pra sua casa. – Pra minha casa? – É, eu quero dormir com você. – Mas e seus pais, Allan? Endoidou moleque? – Eu falei que ia dormir na Rafa. Eles já estão acostumados. – Cara, você é um pimentinha, né? Ele sorriu. E perguntou: – Posso? – Eu não acho uma boa ideia, mas te conheço o suficiente pra saber que você não vai desistir. – isso é um sim? – Bora, ué. Eu disse, fazendo ele sorrir largamente, comemorando com os braços. Achei graça da reação espontânea dele. Entramos no apartamento e eu fui beber um copo de agua. – Eu preciso de uma toalha pra tomar um banho. Ele pediu. Peguei uma no armário do meu quarto e lhe entreguei. Deitei na cama pra esperar ele sair e então eu poder ir também. Depois de um tempo ele voltou com a toalha amarrada na cintura. Ele parou na minha frente e deixou o tecido cair. Fiquei olhando para ele, para o seu corpo meio boquiaberto e sem ação. Ele se aproximou, deitando por cima de mim. Abri a boca pra protestar, mas ele encostou o dedo nos meus lábios. – Não fala nada… Ele disse e me beijou. O beijo começou suave e logo se transformou em algo avassalador. As línguas se enroscavam famintas, enquanto as mãos percorriam os corpos. Minha roupa foi praticamente arrancada, entre mordidas e arranhões, numa urgência sem tamanho. Puxei seu cabelo pra trás, enquanto sugava seu pescoço pra descer abocanhando cada pedaço do seu corpo. Ele me puxava, apertando meu pau com força fazendo com que eu perdesse qualquer controle. Ele colocou meu membro na entrada e quase implorou para que eu metesse. Queria ir com calma, ir devagar, mas ele estava tão alucinado que mal me deixava pensar. Empurrei o quadril pra frente e ele me apertou, soltando um gemido agudo. – AIIIIIIII Parei na hora. Tinha entrado a cabeça e me esforcei para não fazer qualquer movimento. As unhas dele cravadas nas minhas costas machucavam, mas eu estava mais preocupado com ele. – Caralho, ta doendo muito. Ele disse com os olhos apertados. Tirei o pau devagar e mais uma vez ele quase berrou. – AIIIII Quando olhei pra baixo, vi que a cabeça do meu membro estava ensanguentada. – Merda… Eu disse olhando pra aquela cena. Ele abriu os olhos e perguntou: – O que foi? – Eu te machuquei. Sangrou… Sentei, me afastando um pouco dele. – Você não me machucou, sangrar é normal, não é? Ele perguntou se sentando também. – É, mas a gente podia ter ido mais devagar, com calma. Você é virgem, Allan. Não ta acostumado. – Eu sei, mas eu tava com tanta vontade. Agora você nunca mais vai querer achando que vai me machucar. Ele disse triste, olhando pra baixo. Não aguentei e abri um sorriso. Levantei seu queixo e disse: – Ei, olha pra mim. Quem disse que eu não quero? Eu quero muito, mas na próxima vez vamos com calma. A gente devia ter usado um lubrificante, ir com paciência. Vai doer de qualquer forma, mas não vai te rasgar. Ele sorriu. – Ta certo. Eu te.. Ele abriu a boca para falar, mas a frase morreu antes de ser pronunciada. Continuei olhando pra ele. – Eu tenho que ir no banheiro… – Tudo bem , vai lá. Ele me olhou, me deu um selinho e levantou. Olhei pro lençol com os respingos de sangue. Troquei a roupa de cama e fiquei deitado esperando. Ele voltou e vestiu a sua cueca. Deitou do meu lado e me abraçou. – Vamos dormir? Ele perguntou. – Vamos. Ele me deu um selinho e virou de lado. O Abracei por trás, encaixando meu corpo no dele, com a boca em sua nuca e assim adormecemos. Allan é um adolescente com os hormônios a flor da pele, impulsivo e apaixonado. Desde muito novo, sabia da sua preferência por meninos, em especial o vizinho hétero, mais velho que ele. Gabriel sempre foi seguro da sua sexualidade, até que em uma noite de bebedeira, envolveu-se com o seu melhor amigo. Depois de muitos anos, Allan e Gabriel se reencontraram, aflorando um sentimento avassalador. Mesmo às escondidas, com a diferença de idade e com todos os desafios de uma relação nova a ambos, o amor falou mais alto unindo esse improvável casal. Esse poderia ser um enredo de uma novela ou de um romance gay, mas é uma história real narrada por um dos personagens principais, o autor Biel Sabatini. A turbulenta relação entre o suposto hétero e seu pequeno ninfeto, gerou um dos contos eróticos mais badalados do momento, atraindo milhares de seguidores, levando ao autor a criar um blog que hoje ultrapassa a marca de 10 mil visualizações diárias. Sempre atencioso com seus leitores, Biel Sabatini faz questão de responder individualmente cada leitor que comenta no seu blog, postando além do conto, um conteúdo diversificado que reúne entretenimento, artigos, curiosidades e ainda abre espaço para que outros autores também mostrem o seu trabalho. Quem ainda não visitou o blog, vale muito a pena a leitura e ainda de quebra, se apaixonar pela cativante história "Diários de um Hétero", postada semanalmente para deleite dos leitores aficionados pelo conto mais querido da rede. Quer saber o resto da história? Acesse: https://bielsabatini.wordpress.com/2015/06/29/diarios-de-um-hetero-fudeu-e-agora/ Siga no twitter> @biel_sabatini

Contatar Biel Sabatini

Comentários 0

Nenhum comentário foi adicionado ainda