B01 – Educação sexual: O hímen e a primeira vez...

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9 anos atrás 3879 hits ID #932

Descrição

(Há 35 anos em uma sexta-feira na Fazenda Paraíso)

— Dinho! Dinha! Mariazinha! Saiam da chuva meninos! – Raimunda gritou parada na porta da cozinha.
Desde o dia anterior o céu ameaçava desabar parecendo com os anos anteriores que havia chovido como se São Pedro não gostasse que Claudia comemorasse o aniversário. Roberto e Roberta pouco davam bolas para o tempo, queria mesmo era aproveitar as férias nas brincadeiras pelos campos da fazenda.
— Deixa eles Mundica... – Claudia sentou em cima da mesa – Maria está com eles?
— E essa negrinha desgruda deles siá! – o sorriso bonachão da negra velha iluminou o rosto luzidio – Ela ‘veve’ de chamego1 com o Bertinho, Da Luz que cuide da figóita2 dela...
— Deixa de conversa Mundica!... – sorriu sabendo que o filho não era lá boa bisca3 – São crianças...
— Tá bom sinhá, deixa que eu acredito... – resmungou antes de voltar para suas panelas – E quem vai vir tanto esse ano?
— Os de sempre...
— Dona Fernanda vai vir com as piabinhas?
— Acho que vai, não consegui falar com ela... – uma respiração profunda fez baloiçar os seios – Só tia Morena não vai poder vir, tá meio doentinha e o Zé Carlos levou ela pra Angical...
— Sei... Da Luz falou que ia acompanhar eles... – olhou para o terreiro e se agoniou – Mariazinha! Vai te vestir nigrinha4!... Óia só sinhá, tão tudo só de sunga... Dinho! Não gosto desse jeito, veste o calção...
— Eita! Deixa os meninos brincarem Mundica! – estava perdendo a paciência – Vê se não vai queimar a comida...
— Tão quase pelado sinhá... Óia! Óia! Dá de vê inté as partes delas...
Claudia respirou fundo e desceu da mesa tirando a camisa e a bermudinha de seda do pijama, Raimunda arregalou os olhos ao ver a patroa sair correndo na chuva.
— Essa daí sempre foi meio doidinha... – ainda olhou para os quatro brincando de roda aos gritos – Nhô Pedro não soube criar essa...
— Quem topa cair na piscina! – Claudia se sentia voltar para a infância.
Correram aos gritos e pularam nas águas mornas da piscina, os gêmeos nadaram até ela e ficaram dependurados em seu pescoço.
— Não vamos demorar muito filho... – abraçou o garoto – Vocês ainda tem que arrumar o galpão e os quartos... Que é isso Dinho? – sentiu a piroca do filho espetar o umbigo – Tá grandinho, hem seu safado...
Roberto sentiu vergonha e ia sair, mas a mãe lhe puxou.
— Fica aqui filho... Esse negócio tá duro por quê?
— Ele vive assim mãe... – Roberta sorriu ao ver a aperreação do irmão.
— Até tu Dinha? – olhou para a irmã – Deve ser porque tô com vontade de fazer xixi – tentou se afastar, mas Claudia não deixou.
— Cuidado para não meter esse negoção na florzinha de sua irmã, seu moleque...
— Nem se ele quiser eu deixo mãe, deve doer pra burro – riu jogando beijinhos para o irmão – Mas Mariinha deixa...
— Deixo não tia! – a negrinha ouvia quietinha – A gente só brincou, mas não entrou...
— Não deixe sua avó saber disso senão é pisa certa...
— Tu me paga Dinha! – Roberto conseguiu se desvencilhar dos braços da mãe e saiu da piscina.
Roberta sentiu que tinha pisado na bola e ia sair para pedir desculpas quando a mãe segurou seu braço.
— Deixa ele filha... Mariazinha vai dizer para ele entrar e tirar essa roupa molhada – falou para a negrinha que saiu correndo atrás do amigo, esperou que a garota sumisse no véu da chuva antes de virar para a filha – Que negócio é esse filha? Eles estão fazendo mesmo?
— Né não mãe, eu... Er... Eu tava só chateando o maninho... – tentou desfazer a merda que tinha feito – A gente não brinca dessas coisas não.
— Não precisa mentir filha, não vou brigar com vocês – acariciou o braço da filha – Só quero que vocês não façam besteiras antes do momento...
— A gente não faz nada não... É... É... Ele só... – estava morrendo de vergonha de ter que falar aquelas coisas com a mãe – Fica preocupada não mãe, a gente não brinca dessas coisas não...
— Sei que você não quer falar a verdade, mas... – sorriu e bolinou no biquinho do peito da filha – Já vi seu irmão lamber esses peitinhos...
— Só foi aquele dia, juro!
— Olha filha... Não acho errado vocês se acariciarem, se beijarem... – suspirou com imagens de inúmeras vezes que flagrou os dois trocando carícias – Mas ainda não está no tempo de... De... Ah! Você sabe!
— Juro que a gente não faz isso... Dinho nunca botou o piru dele dentro de mim...
— Mas botou na Mariazinha, não botou?
Roberta olhou dentro dos olhos da mãe e Claudia soube que tinha acontecido. Desde a separação tinha decidido que viveriam a vida como uma família que não tem medo de gostar e ser gostada, diferente de como tinha sido em sua família onde a sexualidade era tabu, pecado e coisa feia. Ainda era viva a imagem dos primeiros contatos abertos com o irmão e suas descobertas dos corpos, dos toques e do prazer que sentiam.
— E você?
— Juro mãe, nunca ele meteu em mim...
— Mas ele quis?
— Não... – desviou o olhar com medo que a mãe descobrisse.
— E você?
— Ah! Para mãe! – tentou se desvencilhar dos braços – Não gosto dessa conversa...
Claudia deixou que a filha saísse e entrasse. Ainda ficou de molho por um bom tempo antes de também sair, estava anoitecendo e o frio tinha começado.
Durante o jantar os dois pareciam constrangido e pouco falaram, Mariazinha levantou a mesa para ajudar a avó.
— E como vai ser esse ano mãe? – Roberto quebrou o silencio pegajoso.
— A farra de sempre... Arrumaram os quartos?
— Tá tudo certo, o Dinho deu uma vasculhada no da tia Rosa... – parecia mais solta – As meninas vão vir?
— Claro que virão filha, por sinal devem chegar bem cedinho – olhou para o filho que comia calado – A pestinha do João também chega cedo, vai ver com a Rosa...
— Tio João não vem?
— Não, teve que levar o tio Zé e mamãe em Angical... Mas o resto vai vir todos, a farra vai ser daquelas... – levantou retirando a mesa, vestia a calcinha folgada de sempre – Vai ser como nos outros anos, vocês dois já sabem...
—Porque ela não fica no quartos das meninas? – Roberto olhou para a irmã que fechou a cara – Aí eu não tenho que dormir na rede...
— Se sua irmão quiser... – entrou na cozinha onde Raimunda terminava de arear5 as panelas – Mas o que é que tem sua irmã ficar com você?
— Deixa mãe, eu vou pro quarto delas... – levantou arrastando a cadeira e correu para o quarto.
— Aconteceu alguma coisa Roberto? – Claudia parou atrás do filho – Vocês brigaram?
— Não... É que... – virou para a mãe – Não quero que a senhora pense que a gente...
— Não filho! Não penso nada, sei que vocês... – puxou uma cadeira e sentou do seu lado – Dinho... Sei que você não fez nada com sua irmã... – sorriu, queria completar com um ainda, mas achou melhor não colocar brasa na fogueira – Vai lá, converse com ela e... E se entendam...
Não mais viu a filha naquela noite, a porta fechada do quarto poderia indicar que as coisas não se acertaram entre os dois.
— Filho!... Posso entrar... – bateu de leve na porta do quarto.
— Pode, entra mãe...
Já passava das dez da noite, a filha já deveria estar dormindo e o filho folheava Reinações de Narizinho6 sem ler de verdade e ela entrou e deitou do seu lado.
— Tá sem sono moleque? – acariciou o peito do garoto e recordou do aniversário em que tinha ganho, do pai, a coleção de livros – Eu tinha sua idade quando papai me deu essa coleção...
— Já li... – entregou o livro para a mãe – Preguei só pra passar o tempo...
Virou de lado e se aconchegou a ela, Claudia colocou o livro na mesinha de cabeceira antes de também virar e continuar acariciando o peito do filho que sentia gostando da mão carinhosa da mãe lhe tocar macio a pele.
— Mãe... – suspirou forte e não continuou, calou e fechou os olhos.
— Fala Dinho... – cofiou os cabelos negros e macios.
— É que... Sabe?... É... A Mariazinha e... Ela... A gente... Ah! Deixa pra lá.
Claudia imaginava bem o que ele poderia querer falar, mas esperou. Já não era mais seu pequeno menino tesouro que vivia bolinando onde não devia.
— Você brincou com ela?
— A gente tava no riacho e... – abriu os olhos e olhou no rosto bonito da mãe – Ela falou que viu a mãe... É... Ela viu... O... Ela viu ela na... Na cama com o Nhô e...
— Os dois estavam se amando... – falou sussurrando.
— É... E ela... Ela e eu... A gente... Ela sentou e... – respirou – E minha... Minha piroca... Ficou... Ficou dura e...
Claudia estava séria olhando para ele, mas sorria por dentro e aquelas imagens de sua infância parecia ter sido há pouco.
— Entrou?
— Entrou... E... E ela... Ela gritou... – olhava a mão passeando em seu corpo sem saber direito o que havia sentido.
— Sua irmã viu?
— Não... A gente tava só nos dois... Dinha não quis ir banhar no riacho... – não tinha coragem de olhar de frente para a mãe, olhava para seus seios aparecendo pela cava da camiseta – E... Ela disse que... Disse que doeu pra cacete... – Claudia riu sem rir com som – E quando... Quando ela levantou... Tava... Tava suja de sangue...
— E ela?...
— Ela não tava lá...
— Não sua irmã, Mariazinha... Ela falou alguma coisa?
— Só que tinha doido...
— So foi isso, vocês gostaram? – olhou para o colo e viu que o pau do filho estava duro – Ela gostou?
— Foi estranho mãe... Ela rebolou e... Tava ardendo... – suspirou e tocou o biquinho do peito da mãe que ficou duro, Claudia fechou os olhos – Mas ela... Eu... Ela disse que... Que doía muito... Porque sai... Sai sangue mãe?
— Nos mulheres nascemos com uma película dentro da vagina... – suspirou e tirou a camiseta – É a marca da virgindade que quando... Quando a gente faz pela primeira vez é rompida... Você gozou dentro dela?
— Gozei não... Ela sentia dor e... – tornou bolinar no bico do peito da mãe – Acho que ela não queria de ter entrado... – suspirou e lambeu o biquinho e ela sentiu o corpo estremecer – Esse negócio, essa pelinha é... Doi muito quando...
Claudia acariciou a costa dele e lhe trouxe para mais perto e ele chupou como se quisesse novamente mamar.
— Não dói de verdade... Algumas mulheres nem chegam a sentir dor... O nome dessa película é hímen... – afastou filho – O hímen é uma membrana situada na vulva que bloqueia parcialmente a entrada da vagina e essa membrana é muitas vezes rompida durante a primeira penetração do pênis na vagina... Mas há casos de o hímen ser elástico o suficiente7, pode permitir o coito sem que rompa, ajustando-se ao diâmetro do pênis, podendo este tipo de hímen só vir a se romper num coito mais “apressado” em que a lubrificação e/ou dilatação não é a ideal ou mesmo só num parto. Para além disso são bem conhecidos e documentados os casos de mulheres que pura e simplesmente nascem sem hímen...
— E como é que se forma esse hímen?
— Deixa eu ver... – recordou das aulas de sexualidade no colégio – Ele é uma membrana que surge nas meninas antes do nascimento... Olha... – tirou a calcinha – Na fase de embrião, a vagina não está formada e não há uma abertura. Quando a vagina toma forma, o resquício dessa "tampa" rudimentar vira o hímen – olhou para ele que olhava para sua vagina depilada – Ele é completamente desnecessário.
— E é tudo igual?
— Não filho... Existem, basicamente, cinco tipos. O mais comum é o anular, que, como o nome diz, tem formato de anel...
— E é tudo tapado?
— Não meu doidinho, há um furo no meio permite a passagem da menstruação. O hímen septado tem uma pele no meio do furo e é mais resistente... – o filhou ouvia calado, mas não desgrudava o olha da xoxota da mãe – Ele e pode incomodar mais na primeira relação, mas não provoca dor. O complacente é flexível e pode ser rompido aos poucos, durante as primeiras relações sexuais.
— Mas ela falou que doeu...
Claudia sorriu acariciou o rosto bonito do filho lembrando de suas próprias dúvidas e das conversar que a mãe tinha com ela e com sua irmã.
— Essa membrana não possui terminações nervosas, e por isso, não dói...
— Mas ela chorou... Disse que tinha doido muito...
— A dor que ela sentiu foi, na verdade, devida a penetração e o estiramento da vagina... Vagina é o mesmo que xoxota... – o filho sorriu – A florzinha dela passou a vida toda em repouso, quietinha até que esse negócio... – meteu a mão e tirou o pau do filho – Entrou nela... A pele e os músculos vaginais doem porque ficam mais estirados para acoplar... Para receber o pênis... É a primeira vez que esses músculos se mexem de verdade e por isso é normal doer...
— E onde é que fica esse hímen?
— Essa membrana bem fininha fica a poucos centímetros da entrada da vagina...
— Ela serve pra que?
— Sei lá? – riu – O hímen não tem nenhuma função conhecida para o organismo da mulher, ele nasce ainda no início do desenvolvimento do embrião do sexo feminino pois, nessa fase, a vagina ainda está fechada e não possui uma abertura externa... – continuou segurando o pau do filho cada vez mais duro – Então ele é o que sobrou dessa tampa vaginal...
— E toda mulher que nunca... É... Que nunca deixou... Que não... Poxa! Que não revê um menino dentro é virgem?
— Não... Essa pelinha não é uma boa forma de demonstrar a virgindade de uma menina – olhou pra ele e depois para o pau duro m sua mão – O hímen pode ser rompida de diversas formas... Praticando atividades físicas, andando de bicicleta ou a cavalo, usando absorvente do tipo OB... – puxou o corpo do filho e ele deitou em cima dela – Também pode romper durante a masturbação ou mesmo sem nenhum motivo evidente... – abriu as pernas e ele se encaixou –Além disso, algumas mulheres têm tipos de hímen, como o complacente, que praticamente não atrapalham a penetração...
Não foi a primeira vez que deitaram nus, mas foi a primeira em que estavam com tesão. Claudia suspirou sentindo o pau duro roçar em sua vulva, ele parecia não estar sentindo o que ela sentia, mas requebrou a cintura até sentir os lábios melados e molhados da mãe.
— Mãe...
— Fala filho...
— E se... Se entrasse?
— Você quer meter? – acariciou o rosto e beijou a ponta do nariz – Você quer met... Hum! Você meteu... Hum!
— A senhora... A senhora gosta?
— Gosto... Hum... Hum... Ui... Filho... Faz tempo... Hum... Isso... Mexe... Mexe...


Glossário:
1. Chamego: Atração, encanto, fascínio.
2. Figóita: Mulher assanhada
3. Boa Bisca: Diz-se quando uma pessoa é atentado.
4. Nigrinha: Há vários sentidos para o termo, no caso uma corruptela de negrinha levada da breca.
5. Arear: Lavar, polir.
6. Reinações de Narizinho é um livro de fantasia e infantil de autoria do escritor brasileiro Monteiro Lobato. Publicado em 1931, é o livro que serve de propulsor à série que seria protagonizada no Sítio do Picapau Amarelo. É um clássico da literatura, e até hoje serve de inspiração para muitos autores infantis. O livro é composto de várias pequenas histórias, previamente publicadas, compostas em capítulos. Algumas histórias são plenamente originais, enquanto outras histórias são interessantes combinações utilizando histórias e personagens já conhecidos, como a visita dos personagens do Mundo das Maravilhas, incluindo as princesas Branca de Neve e Cinderela e Aladim.
7. Hímen complacente)


Leia o capítulo anterior
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NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
No dia seguinte a irmã entra no quarto e vê a mãe e o irmão dormindo abraçados... A mãe conversa com os dois e mostra o hímen da filha... O filho continua com tesão e a mãe lhe ensina sobre sexo oral...

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